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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cartografia Afetiva: Praia da Armação do Pântano do Sul, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

Praia da Armação
Minha primeira cartografia afetiva vem falar de um lugar de infância, um lugar onde passei momentos que até hoje guardo.
Se for pensar em passagem do tempo, muito daquele lugar já se transformou, aquilo que havia em minha memória, entre os fins nos anos 80 e inicio dos anos 90, já não existe mais. O mais engraçado é que, quando penso neste lugar, mesmo sabendo de todas suas transformações ao longo do tempo, o que me vem à mente, é aquilo que guardo e que ressurge do passado, talvez porque minha memória, imaginação de infância, tenha construído um lugar tão maravilhoso e encantado que nem o tempo e a concretização da mudança conseguem apagar.
Este lugar é hoje um lugar onde tenho raízes, construí histórias e outros momentos inesquecíveis que não está relacionado com minha infância. Lugar onde tenho amigos muito queridos, muito importantes... Grandes amigos-irmãos.
Por todos os acontecimentos últimos, relacionados a este lugar, gostaria aqui de começar este projeto, por este espaço. Sem ideologias políticas acerca do que está acontecendo, mas principalmente, pela transformação da paisagem, que se torna constante e que transforma além do que é visível, a vida de muitas pessoas que estão sofrendo os problemas devido às ressacas e o avanço constante do mar.
Para isto, resgatei algumas informações dos últimos meses, que saíram na mídia (jornal, sites, blogs, etc...) sobre os problemas ocorridos recentemente e que cada vez mais aumenta.
E também, um texto produzido por mim em 2006, através do trabalho “Museu das Vistas” da artista Carla Zaccagnini, realizado em Florianópolis, no Museu Victor Meirelles, em 2005.
Sobre o Lugar:

A Praia da Armação do Pântano do Sul ou simplesmente Armação é uma praia brasileira situada na cidade de Florianópolis, no estado de Santa Catarina.
Localizada a 25 quilômetros do centro de Florianópolis, convive com o fluxo turístico e os praticantes de surf. Atualmente, é um dos principais núcleos de pesca artesanal de Florianópolis.
O nome Armação surge da antiga atividade econômica, a produção de óleo de baleia para a iluminação urbana. Além do óleo, outras partes do cetáceo eram aproveitadas, como a carne, a gordura e até as barbatanas. Com isso, a pesca predatória levou à quase extinção do animal. Atualmente, as baleias franca são fortemente preservadas e o turismo de observação é fonte de renda para Santa Catarina.
No aspecto histórico, a Igreja de Sant'Anna, construída em 1772 é a principal atração. No local, os arpoadores e tripulantes das baleeiras se confessavam e ouviam missa antes da pesca começar. Em seguida, o sacerdote descia à praia para benzer as embarcações que iam para o mar. Da igreja original, praticamente nada mais resta, embora ainda conserve muitas características da reforma feita em 1838. Outra reforma, realizada em 1948, modificou totalmente a fachada original do prédio.
Sobre museu das vistas - Praia da Armação 2006
Texto e imagens:Juliana Crispe
Sobre o Museu das Vistas
Fonte: http://www.museuvictormeirelles.org.br/exposicoes/2005/carla.htm

Carla Zaccagnini
“Museu das Vistas”
Exposição no Museu Victor Meirelles – Florianópolis - SC22 de junho a 14 de agosto de 2005Encontro com o artista: 22 de junho, às 18hAbertura: 22 de junho, às 19h

O Museu das Vistas é um projeto de constituição de uma coleção de desenhos realizados por intermédio do discurso. Mais que um conjunto de desenhos de vistas, o MdV é uma coleção de maneiras de olhar, lembrar, descrever, compreender e registrar. Traçados por retratistas policiais a partir de descrições feitas por outras pessoas, os desenhos são feitos a grafite sobre papel autocopiativo e resultam em duas vias, sendo que o original é entregue a quem descreve cada vista e as cópias formam a coleção do MdV.
Em Florianópolis, os desenhos foram realizados pelo retratista Cassius Clay nas datas, horários e locais indicados abaixo. Após cada sessão de desenhos, as cópias resultantes foram levadas ao Museu Victor Meirelles, alimentando gradativamente a exposição, à medida que foram coletados os registros.
22 de junho, às 19h, no Museu Victor Meirelles05 de julho, às 15h, na Avenida Beira Mar Norte, em frente ao Bar Koxixos12 de julho, às 15h, na Praça Esteves Junior, próximo ao Colégio Catarinense19 de julho, às 15h, no Museu Victor Meirelles

A exposição "Museu das Vistas" fica no Museu Victor Meirelles até o dia 14 de agosto de 2005.
Carla Zaccagnini é artista plástica e Mestre em Poéticas Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Entre suas exposições individuais estão “Até onde a vista alcança” (Galeria Vermelho, São Paulo, 2004); “Fortuna” (Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, 2002); “Belvedere” (Torreão, Porto Alegre, 2002); “Restauro” (Centro Cultural São Paulo, 2001) e “Desenhos” (Galeria Adriana Penteado, São Paulo, 2000).
Participou das mostras coletivas: “PR 04” (M&M Proyectos, San Juan, Porto Rico, 2004); “Formas de Pensar” (Malba, Buenos Aires, 2004); “Nova Geometria” (Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, 2003); “Imagética” (Fundação Cultural de Curitiba, 2003); “Total Motiviert” (Kunstverein Munchen, Munich, 2003); “The exhibition as a Work of Art” (Parque Lage, Rio de Jenairo, 2003); “Contemporáneos Brasileños” (Centro de Arte Contemporaneo Wilfredo Lam, La Habana, 2002); “Caminhos do Contemporâneo” (Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2002), e “Panorama da Arte Brasileira” (Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2001).
Carla é colaboradora das revistas “ArtNexus” (Bogotá/Miami) e “Arte y Parte” (Santander, Espanha), integra o corpo editorial da Revista Número (São Paulo) e escreve para o Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo.
Sobre Informações na Mídia:

Por: Jornal do Campeche
Fonte:
http://www.noticiasdocampeche.com.br/noticia.php?codigo=1908
Notícias 27/04/2010
Ressaca provoca estragos e abala 30 residências na Armação
A ressaca que castigou o litoral catarinense no começo de abril deixou um rastro de destruição na praia da Armação do Pântano do Sul. Quase 30 residências, situadas defronte à praia, sofreram abalos em suas estruturas, sendo que sete foram interditadas pela Defesa Civil. A maioria dos danos envolveu pisos, muros e paredes das residências. Até a escada da igrejinha, acesso tradicional à praia, teve sua estrutura abalada pelo fenômeno. O drama trouxe de volta à tona a discussão sobre a ocupação irregular nas praias da Ilha. Muitos entendem que o mar apenas estaria retomando o que é seu, tese rebatida por alguns donos de imóveis no local, que alegam que o problema seria fruto de fenômeno que ao longo dos últimos anos vem encolhendo a faixa de areia do balneário. Alguns juram que edificaram no local há mais de 30 anos, respeitando o recuo obrigatório do mar. O engenheiro Sérgio Aspar, presidente do Conselho Comunitário Armação Unida, acredita que o problema vai fortalecer a mobilização da comunidade local pela ‘revitalização’ do balneário, pleiteada junto à Prefeitura. O dirigente acha necessária a ampliação da faixa, sob pena de colapso do balneário, mas admite que sua viabilização será uma batalha difícil. “Sou a favor da ampliação, mas a partir de um estudo aprofundado, sob pena de ser uma solução também paliativa”, afirma. Aspar acha, no entanto, que os moradores têm culpa no cartório pela situação, embora entenda que não seria justo neste momento se fazer uma caça às bruxas. “Todas os que foram atingidos construíram em cima de dunas, porque na época não se fiscalizava’, assinalou. “Pessoalmente, sou contra construir sobre duna, mas agora temos é que tratar de minimizar o problema”, acrescentou.
Além da ocupação avançada sobre a área de marés, o dirigente aponta a construção de um pequeno molhe, dividindo Armação e Matadeiro, como principal causa do problema. “Isso provocou um déficit de areia na praia da Armação e um acúmulo de areia no Matadeiro”, afirmou. O engenheiro acredita que a solução, a curto prazo, é a colocação de pedra para segurar as construções. “O momento é de segurar o que tem”, assinalou. (Foto: Daniel Pires/Divulgação/JC)

Por: Diário Catarinense
Fonte: diario.com.br
Clima 13/05/2010 10h51min
Ressaca causa prejuízos na praia da Armação do Pântano do Sul, em Florianópolis
Três residências foram atingidas, e duas famílias deixaram as casas
O ciclone extratropical sobre o oceano que causou chuva em Santa Catarina nesta semana também provocou ressaca no Litoral catarinense. Em Florianópolis, moradores da praia Armação do Pântano do Sul, no Sul da Ilha, tiveram as casas atingidas pelo mar. De acordo com a Defesa Civil, a água invadiu terrenos, e três residências foram afetadas. Parte dos muros foi derrubado pelo mar. Uma casa sofreu danos nesta madrugada e outras duas, que já tinham sido atingidas por ressacas anteriores, tiveram os problemas agravados. Duas famílias deixaram o local.
Os moradores da região estão em alerta, e a orla é monitorada pela Defesa Civil. Há chance de ressaca nesta quinta-feira, e as famílias foram orientadas a deslocarem para outro local em caso de ressaca mais forte.

Clima 21/05/2010 19h09min
Prefeitura de Florianópolis ainda não sabe quando começarão obras de contenção na praia da Armação
Cerca de 70 casas ficaram danificadas e três desabaram por causa de erosão marítima

A obra emergencial para conter o avanço das águas na praia da Armação do Pântano do Sul, em Florianópolis, não tem prazo para começar. O projeto para colocar um muro de pedras ainda está em fase de planejamento, e as autorizações ambientais não foram solicitadas. No dia 18, o município decretou situação de emergência para agilizar as autorizações.— Ainda estamos vendo o que vai ser feito antes de concluir o projeto. Por isso, não tem estimativa de quando começará. Sem projeto, também não temos como conversar com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) — justificou Luiz Américo, secretário adjunto de Obras do município.
O Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) ficou responsável por viabilizar os estudos no local. A prefeitura da Capital procurou o departamento porque o órgão já tem levantamentos referentes à praia.
— Como temos um projeto faz algum tempo de alargamento da praia, a prefeitura pediu a ajuda do departamento. A nossa parte (estudos sobre a viabilidade) já está pronta, mesmo não sendo competência do Estado a obra de contenção — explicou Romualdo França, diretor do Deinfra.
O Deinfra também enviou um requerimento ao Ministério das Cidades solicitando recursos à obra. A resposta do ministério sobre a disponibilidade de verbas será encaminhada diretamente à Prefeitura de Florianópolis.
— Por enquanto ainda não recebemos nada — afirmou Luiz Américo.Sacos de areia
Nesta sexta-feira, sacos de areia foram colocados na beira da praia para tentar conter o avanço do mar, que danificou cerca de 70, provocou o desabamento parcial de três numa extensão de 500 metros da orla e pode chegar ao Rio Sangradouro, que abastece a região. Porém, a medida é provisória e pode ser pouco eficaz.
— Em caso de uma nova ressaca os sacos não conseguirão conter a pressão da água — reconheceu o secretário adjunto.
Se a obra de contenção não tem estimativa para começar, um alargametno da faixa de areia está mais longe ainda de acontecer. Como é um projeto maior e mais caro, vai requerer, além de recursos, "licenças ambientais, e não autorizações ambientais", destacou Luiz Américo.
— E nisso aí vai levar mais de ano para conseguir alguma coisa — ressaltou.
Cerca de 1,8 mil pessoas foram afetadas e 21 ficaram desalojados por causa da erosão. Um estudo da Defesa Civil mostra que aproximadamente 40 metros da faixa de areia desapareceram em 20 anos

Clima 26/05/2010 19h42min
Obras para conter o mar na praia da Armação, em Florianópolis, devem começar nesta quinta
Secretaria de Obras pretende construir barreiras com pedras de quase duas toneladas
A prefeitura de Florianópolis promete para esta quinta-feira o início das obras emergenciais de contenção na praia da Armação do Pântano do Sul, no Sul da Ilha de Santa Catarina.
Após dias de ressacas e cerca de 12 casas derrubadas pela força da água, a procuradora da República Analúcia Hartmann, o presidente da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Murilo Flores, e o superintendente do Ibama em Santa Catarina, Kléber Isaac Silva de Souza, reuniram-se nesta quarta-feira com o prefeito Dário Berger e o secretário de obras, José Nilton Alexandre, para ir ao local e verificar a situação da região.
A procuradora da República deve redigir um termo de acordo para agilizar as licenças ambientais. Assim que o licenciamento for liberado — a expectativa é que esteja pronto na manhã desta quinta-feira — começa a construção das barreiras.
— A situação é gravíssima. Diversas residências estão ameçadas ou já foram derrubadas. Vamos trabalhar com um medida emergencial para conter o avanço do mar — avalia o secretário de Obras.
Como os sacos de areia colocados pelo Exército e Marinha no último sábado não foram suficientes, serão construidas barreiras de pedras com quase duas toneladas.


Por: Escandiuzzi
Fonte: http://escandiuzzi.wordpress.com/2010/05/15/a-destruicao-da-ressaca-na-praia-da-armacao/
Escrito por Fabrício Escandiuzzi, maio 15, 2010 às 2:58 am
Procuram-se boas notícias. Mas enquanto elas não surgem….
A destruição da ressaca na praia da Armação




Corta o coração ver como ficou a praia da Armação, no sul de Florianópolis, após a ressaca dos últimos dias.
Segundo a Defesa Civil, 20 pessoas estão desalojadas. Pelo menos quinze casas foram atingidas esta semana e três delas estão interditadas. Bem diante da igreja do bairro, o chão ameaça desabar e levar junto o posto de salva vidas.
Uma pena.
E não vi por parte da prefeitura de Florianópolis uma única informação sobre visita das autoridades ao bairro. O prefeito já deveria ter estado lá para tomar “pé” da situação, tirado umas fotografias e o que é mais importante: dito algo sobre providências a serem tomadas.
Mas ninguém foi lá….
Até entendo porque não apareceram, o trânsito para o sul da Ilha é uma grande porcaria. Está ainda mais difícil depois que fecharam a avenida Paulo Fontes e colocaram aquelas vasos medonhos no meio da rua. Quem está no centro, como a maioria das autoridades, terá que dar uma volta imensa para chegar aos bairros da região sul.
Então é melhor nem sair dos gabinetes.
Enquanto isso, a água toma conta da areia, invade quintais e derruba encostas e muros.
Tudo beeeeem normal…
Colocaram uma placa fazendo referência à gestão da Ângela Amin bem diante de um buraco aberto pela erosão no principal e mais movimentado ponto do bairro.
Não sei até agora qual a provocação com isso: estão culpando a ex-prefeita ou demonstrando que sentem saudades???
Confira as últimas informações sobre a ressaca na
home

Fonte: http://escandiuzzi.wordpress.com/
Escrito por Fabrício Escandiuzzi, maio 26, 2010 em 2:33 am
Armação: é hora de rezar
Continua dramática a situação dos moradores da praia da Armação, no sul de Florianópolis.
O mar continua bastante agitado e a tendência é que a maré suba com a chegada da Lua Cheia. O cenário da praia é desolador, com entulhos e até mesmo árvores arrancadas pela raiz com a força do mar.
Falei com um pesquisador, Elío Melo, da Universidade Federal do Rio Grande. Ele possui doutorado em Ciências Oceânicas e há 30 anos estuda justamente as ondas.
Ele confessou estar surpreso com a velocidade que o mar invadiu a praia da Armação. O processo natural levaria décadas, segundo ele. Isso significa que a ção do homem acelerou o processo de deterioração da costa e o avanço do mar.
O molhe? Ele não foi taxativo, mas afirmou que a estrutura é uma das candidatas a ter causado o problema. Como o especialista é ele, passa a ser o molhe o meu candidato também.
O que fazer? Só um enrocamento na opinião do professor Melo, poderia dar um pouco mais de tempo para “se pensar no que fazer”. O projeto é aquele criado há dez anos e que depende de licenças e etc e tal… e que o Deinfra e nem a PMF falam quanto vai custar.
Ou seja, é melhor rezar….
A entrevista do professor será veiculada no Terra…. Como meu espaço ali deve se restringir a três minutos, publico a entrevista em outro VT aqui… Tem cinco minutinhos, mas a explicação dele sobre como funcionaria o sistema das praias da Armação e do Matadeiro sem o “represamento” não deixam dúvidas. Pelo menos para mim…







sábado, 6 de março de 2010